A FEFCO, Federação Europeia de Fabricantes de Cartão Ondulado, revelou hoje o Roteiro para a Neutralidade Climática, conduzido pela Climact, para atingir até 2050.

O roteiro descreve como o sector do cartão ondulado está empenhado em alcançar a neutralidade climática. Estabelece marcos fundamentais, os cenários mais plausíveis, os investimentos necessários e as medidas políticas necessárias para atingir esse objetivo. 

Os principais pontos mostram que a indústria pode reduzir as suas emissões de pegada de carbono através de ações diretamente sob o seu controlo até 2050, com melhorias na eficiência e circularidade do material que reduziriam a pegada em 3,3 Mt CO2eq. (ou 19%) até 2050 e  com melhorias na eficiência energética e na descarbonização que reduziriam a pegada em mais 2,8 Mt CO2eq. (ou 16%) até 2050. 

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Alex Manisty, Presidente do Comité Diretivo do Roteiro para a Neutralidade Climática da FEFCO, salientou: "o roteiro reflete um plano credível que pode ser implementado no prazo exigido, e mostra a forte vontade da indústria em construir um futuro neutro em termos climáticos para o cartão ondulado.  Já o material de embalagem mais reciclado, com 88% de conteúdo reciclado, o cartão ondulado neutro em termos climáticos permitirá o fornecimento sustentável de cadeias de abastecimento globais a longo prazo." 

 Olhando para além da ação direta, o envolvimento coletivo da cadeia de valor permitirá que o cartão ondulado se torne neutro em carbono e até mesmo negativo em carbono, diz a FEFCO. A maior parte das reduções deve ser alcançada a montante e, em particular, reduzindo a pegada climática da produção de papel. A redução da pegada de carbono do sector do papel (fóssil) em 80% até 2050 (em linha com o roteiro atual da indústria do papel) permitirá que o sector de cartão ondulado atinja a neutralidade climática. 

"A neutralidade climática até 2050 é a forma como a Comissão Europeia prevê a sua futura estratégia de crescimento. O Secretariado da FEFCO considera que é um dever orientar e ajudar a indústria de cartão ondulado a permitir a neutralidade climática nas suas operações de fabrico", afirmou Eleni Despotou, Diretora-Geral da FEFCO. 

Além disso, se o sector do papel eliminar totalmente as suas emissões fósseis, o sector do cartão ondulado tornar-se-ia um material de embalagem negativo em matéria de clima.

Contudo, a associação alerta que as ambições apenas serão alcançadas com um quadro regulamentar previsível e estável para orientar os investimentos e com a disponibilidade e acessibilidade a infraestruturas de energia “verde” robustas. Políticas e medidas que permitam a descarbonização do sector do papel, políticas e medidas que permitam a descarbonização do sector dos transportes e políticas de reciclagem para melhorar a qualidade dos fluxos de resíduos são as outras condições essenciais.