O mercado europeu de embalagens biodegradáveis deverá crescer significativamente, passando de 2.957 mil milhões de euros em 2024 para 5.965 mil milhões de euros até 2035, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 6,7%.

Esta expansão é impulsionada por regulamentações rigorosas da União Europeia sobre plásticos de uso único, pela crescente procura dos consumidores por soluções ecológicas e por inovações nos materiais biodegradáveis.

O mercado está em expansão graças à maior consciencialização ambiental e às obrigações legais para redução de resíduos plásticos. As embalagens biodegradáveis, feitas a partir de papel, bioplásticos e fibras vegetais, decompõem-se naturalmente, contribuindo para os objetivos da economia circular europeia. A Diretiva relativa aos plásticos de uso único é um dos principais motores, ao exigir, por exemplo, a redução de 80% no consumo de sacos de plástico.

Cerca de 68% dos fabricantes estão já a investir em tecnologias como o revestimento por extrusão e a recuperação de resinas para melhorar a eficiência da produção. Casos como o da empresa Woola (que desenvolve plástico bolha compostável a partir de lã de ovelha) ilustram a aplicação de recursos locais e sustentáveis.

Apesar dos avanços, subsistem desafios como os elevados custos de produção e a infraestrutura de compostagem ainda limitada. No entanto, os progressos nos bioplásticos, como o PLA (ácido poliláctico) e o PHA (polihidroxialcanoatos), estão a melhorar a viabilidade económica e a escalabilidade. A Alemanha e o Reino Unido lideram na adoção, enquanto a Europa do Sul emerge como região de rápido crescimento, impulsionada pelas exigências do setor alimentar e do comércio online.

O relatório projeta que o mercado atinja um valor absoluto adicional de 3.008 mil milhões de euros no período em análise. O papel e o cartão representam cerca de 75% do volume de receitas, graças à sua reciclabilidade e versatilidade. O setor alimentar e de bebidas continua a ser o principal utilizador, com destaque para os produtos prontos a consumir e as embalagens de bebidas.

As conclusões também são relevantes para as indústrias farmacêutica, cosmética e de bens de consumo, que podem beneficiar da crescente preferência por soluções de embalagem biodegradáveis, desde filmes de PLA a tabuleiros de papel e embalagens com base vegetal. Estas aplicações não só respondem às exigências regulamentares, como melhoram a imagem de marca e a competitividade.

Entre os principais protagonistas do mercado europeu de embalagens biodegradáveis, a Smurfit Kappa continua a reforçar a sua posição com soluções em papel canelado e cartões recicláveis, amplamente utilizados no comércio eletrónico e na distribuição alimentar.

A Tetra Pak tem investido no desenvolvimento de embalagens para bebidas com base em materiais de origem vegetal, como o PLA, e com menor pegada de carbono, respondendo às exigências ambientais e dos consumidores.

A Mondi aposta em embalagens flexíveis com revestimentos sustentáveis à base de água, que melhoram a reciclabilidade sem comprometer a performance técnica.

Já a DS Smith, Stora Enso, Amcor e WestRock concentram os seus esforços na inovação e na implementação de modelos circulares, alinhando-se com os objetivos da economia verde europeia.

Para mais informações e para obter o relatório, visite: Biodegradable Packaging Materials Market Statistics 2034.