A Futamura, a Repaq e a GK Sondermaschinenbau anunciaram o lançamento de uma nova solução de embalagem compostável para saquetas de pequena dimensão destinadas a condimentos, molhos, produtos de higiene e cosmética.

O projeto responde a um dos maiores desafios ambientais da indústria de embalagens, dado o impacto gerado pelos bilhões de saquetas plásticas não recicláveis atualmente em circulação.

De acordo com estimativas, em 2018 foram utilizadas cerca de 855 mil milhões de saquetas em todo o mundo. Fabricadas, na sua maioria, a partir de estruturas multicamadas com alumínio e polímeros incompatíveis para reciclagem, estas embalagens são difíceis de recuperar e acabam frequentemente em aterros ou no ambiente.

A nova solução desenvolvida baseia-se na tecnologia NatureFlex da Futamura, que utiliza filmes de celulose com barreira compostável, combinados com uma segunda camada de biofilme selável hermeticamente. O material foi certificado como compostável tanto em ambiente industrial como doméstico, oferecendo o mesmo desempenho de conservação e proteção que as versões convencionais.

Os testes realizados nas máquinas da GK Sondermaschinenbau demonstraram que as novas estruturas podem ser produzidas em escala sem perda de eficiência, garantindo vida útil até 12 meses e uma taxa de transmissão de oxigénio (OTR) de 0,5 a 23°C e 50% de humidade relativa, parâmetros equivalentes aos das embalagens tradicionais.

“Foi fundamental substituir este tipo de embalagem não reciclável por uma solução compostável. Após dois anos de desenvolvimento, conseguimos manter a mesma proteção e velocidade de embalagem, mas com benefícios ambientais significativos”, afirmou Sven Seevers, gestor de tecnologia da Repaq.

Nico Merkel, diretor de vendas da GK Sondermaschinenbau, acrescentou que as máquinas exigiram “quase nenhuma adaptação” para processar o novo material, sublinhando a robustez e compatibilidade industrial da solução.

Já Joachim Janz, gestor regional de vendas da Futamura, destacou que “esta inovação representa um avanço importante na resposta à procura crescente por embalagens compostáveis para produtos alimentares e não alimentares de dose individual”.

As primeiras saquetas comerciais compostáveis deverão chegar ao mercado nas próximas semanas.