O SDR Portugal, candidato à gestão do futuro Sistema de Depósito e Reembolso (SDR) das embalagens de bebidas não reutilizáveis a criar em Portugal, e a AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, assinaram um protocolo de colaboração para o desenvolvimento e implementação de um sistema de depósito e reembolso eficaz no contexto do canal HORECA.

O objetivo é aumentar o número de embalagens recolhidas e recicladas, reduzindo o seu impacto no ambiente e contribuindo para o cumprimento das metas com que Portugal está comprometido. O protocolo pressupõe uma estreita colaboração com vista à implementação de um sistema que facilite a participação de todos os consumidores, de acordo com o modelo proposto e considerando os estudos efetuados pelo SDR Portugal e o enquadramento regulatório que venha a ser definido pela legislação.

Leonardo Mathias, presidente do SDR Portugal, destaca que “além dos equipamentos a instalar no setor do retalho, o SDR Portugal pretende assegurar também a recolha destas embalagens no canal HORECA, muito significativo para a obtenção dos resultados a obter com o futuro SDR. A relação agora estabelecida com a AHRESP é mais uma evidência de que a solução que preconizamos para o futuro sistema de depósito e reembolso a instituir no nosso país, complementar ao sistema existente, possui a segurança para contribuir de forma significativa para que Portugal atinja as metas com que está comprometido”.

AHRESP SDR Nuno MartinhoAHRESPSusana Leitão, Coordenadora do Departamento da Qualidade e Ambiente e do Departamento de Formação e Mercado de Trabalho, Rui Mota, Presidente da Mesa da Assembleia-geral da AHRESP, Ana Jacinto, Secretária-Geral da AHRESP, Carlos Moura, Presidente da AHRESP, António Casanova, Vice-Presidente do Conselho de Administração do SDR Portugal (Sumol+Compal), Fernando Ventura, membro do Conselho de Administração do SDR Portugal (Pingo Doce) e Miguel Aranda da Silva, Diretor-Geral SDR Portugal na sede da AHRESP, em Lisboa. (© Nuno Martinho / AHRESP)

Carlos Moura, presidente da AHRESP, ressalva que “é crucial que o SDR tenha em consideração os constrangimentos das empresas na sua operação diária, sobretudo a falta de espaço de armazenagem, a logística associada ao processo de devolução destas embalagens e a cobrança de um valor de depósito ao consumidor”. Carlos Moura considera que “é preciso facilitar o trabalho às empresas, se queremos que estas se empenhem em todo este processo que se pretende que seja verdadeiramente eficaz e com o menor impacto possível para as empresas”.

As entidades pretendem soluções eficazes para a recolha de embalagens de uso único e de devolução de valores de depósito e irão realizar ações de formação e divulgação junto dos associados da AHRESP, participar em eventos, estudos e grupos de trabalho que venham a ser identificados como oportunos para um melhor conhecimento, funcionamento e avaliação do SDR proposto.

O mercado português de bebidas no canal HORECA é formado por cerca de 80 000 estabelecimentos e estima-se que nele sejam comercializadas 1,2 mil milhões de bebidas. A solução proposta pelo SDR Portugal pressupõe a recolha da totalidade das embalagens de uso único de todos estes estabelecimentos, aos quais acrescem cerca de 10 000 do comércio tradicional. O SDR Portugal prevê ainda implementar em todo o território nacional e em 2 600 grandes superfícies de retalho um total de 3 600 máquinas de recolha, equipamento de retoma com tecnologia integrada que permite a aceitação de embalagens usadas.

O SDR Portugal é constituído por empresas da indústria das bebidas e dos retalhistas que operam em Portugal, nomeadamente: a Água do Fastio, Águas das Caldas de Penacova, COCA-COLA, Empresa das Águas do Areeiro, Empresa das Águas do Vimeiro, Empresa de Cervejas da Madeira, Font Salem Portugal, Grupo Areeiro, Monchique Mineral Water, Parmalat Portugal, SCC – Sociedade Central de Cervejas, Sumol+Compal, Super Bock Group, UNILEVER FIMA e as Associações APIAM - Águas Minerais e de Nascente de Portugal e PROBEB - Associação Portuguesa das Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas (que constituem a Associação Circular Drinks e representam 90% de quota da Indústria de Bebidas Refrescantes) e as insígnias Auchan, Intermarché, Lidl, Pingo Doce, MCSonae, Mercadona, makro e Dia Portugal (que constituem a Associação SDRetalhistas e que somam mais de 80% do total do mercado da distribuição português).