As tendências que impulsionam a adoção da impressão digital no mercado das embalagens aceleraram durante a pandemia da COVID-19.
Quem o diz é Robert Stabler, o responsável pela joint venture Koenig & Bauer Durst, que revelou os mais recentes desenvolvimentos da empresa, que estavam previstos para marcar presença na drupa, em Dusseldorf.
Robert Stabler
“Esta joint venture surgiu para criar soluções para a indústria de cartão, para utilizar a tecnologia e experiência da Koenig & Bauer e da Durst, aproveitando o melhor de ambas”, explica Stabler.
O executivo falou acerca de várias tendências, como o crescimento do e-commerce, a preocupação dos consumidores com a proveniência e destino das matérias-primas - dos produtos e respetivas embalagens – nas fases anterior e posterior ao consumo.
A necessidade de distribuição em vários canais e a exigência de maior segurança no processo logístico estão também a colocar maior pressão nas marcas e, em consequência, nos transformadores.
“Há muitas oportunidades. Os transformadores têm de estar mais próximos das marcas e isso pode ser feito de diversas formas. Podem transformar-se num parceiro para todo o processo logístico ou em verdadeiros parceiros de comunicação, participando na produção da embalagem, desde a fase do design até que é feita a comunicação e a chegada ao linear, por exemplo”, diz Robert Stabler.
Reconhece, porém, que é um processo difícil, e que por isso reserva vários benefícios a quem decide enveredar por esse caminho. Para tal, diz, é necessário estar bem equipado, com fluxos de trabalho automatizados e com o conhecimento dos “pontos de dor” dos seus clientes, por forma a conseguir dar-lhes as soluções necessárias.
As inovações tecnológicas
A CorruJET, a Delta SPC 130 e a VariJET são as estrelas do portefólio da joint venture. Robert Stabler levantou a ponta do véu, revelando o que está a chegar ao mercado.
No caso da Delta, a empresa está a desenvolver uma unidade digital para primário, de forma a poder tratar os substratos não revestidos. Falou ainda de uma unidade de verniz que vai permitir aplicar os efeitos especiais que se tornaram apelativos no mundo da embalagem. Para isso, vão contar com o lançamento de novas cores especiais, como o laranja e o violeta.
Sobre a VariJET, adiantou que a máquina, que faz 6000 impressões no formato B1 / hora, é uma plataforma cada vez mais automatizada, a sete cores, de forma a atingir um maior gamut de cor e ir de encontro às necessidades das marcas.
As primeiras instalações para testes beta deverão acontecer no primeiro trimestre de 2021, ainda antes da drupa, em abril, estando a disponibilização comercial agendada para depois da feira de Düsseldorf.
Robert Stabler deu ênfase à produção em tintas à base de água. A segurança alimentar e a conformidade com as legislações mais exigentes, a nível internacional, têm sido as linhas orientadoras dos desenvolvimentos da empresa.
