A Garland Transport Solutions (GTS) tem um novo agente no Reino Unido. Com o arranque recente do contrato com a subsidiária da Rhenus Logistics no país, a Garland quer aumentar a cobertura no transporte de mercadorias por via terrestre entre Portugal e Grã-Bretanha.

A parceria foi estabelecida pouco antes do Brexit, que, sabia-se, traria constrangimentos ao transporte de mercadorias de e para aquele país, agravados pelo acordo comercial tardio entre o Governo Britânico e a União Europeia.

Segundo Peter Dawson, presidente do Grupo Garland, “o facto de o acordo ter sido alcançado à última hora, não deu tempo a importadores, exportadores e entidades alfandegárias para se prepararem para uma transição suave. Como resultado, o sistema informático da alfândega britânica não ficou atualizado atempadamente, tendo, no entanto, o Governo inglês permitido a prorrogação até julho dos pagamentos de IVA, o que não aconteceu em sentido contrário – a União Europeia não concedeu a mesma prorrogação, pelo que os despachos alfandegários tiveram de ser feitos no momento. Todos estes constrangimentos provocaram atrasos, com camiões parados em filas durante vários dias e empresários descontentes sem perceber por que, tendo sido alcançado um acordo, tinham de pagar custos alfandegários.”

Garland truck

Dois meses após o Brexit, o presidente do Grupo Garland adianta que “o movimento estabilizou, estando todos os intervenientes mais adaptados aos procedimentos, mas continua a haver problemas com o transporte de mercadorias em que é requerida mais documentação, como é o caso de bens alimentares, bebidas alcoólicas e componentes automóveis.”

Para responder ao novo cenário do comércio internacional, o Grupo Garland criou um Departamento de Documentação e Despachos. Em solo britânico, a empresa dispõe de um “broker” especializado em sistemas eletrónicos compatíveis com a alfândega do Reino Unido e que está encarregue de despachar envios para Portugal

Além disso, com o novo agente, a Garland passa a disponibilizar serviços regulares entre os seus centros logísticos de Cascais e Maia de e para as cidades de Maldon (Londres), Hinckley (Centro-Sul do país), Cannock (Birmingham), Bradford e Manchester (Norte) para transporte das exportações e importações nacionais. Todos os armazéns dispõem de áreas aprovadas pelas entidades alfandegárias portuguesa e britânica, sem as quais seria difícil consolidar as cargas que se destinam a importação ou exportação.

Peter Dawson garante que a Garland tem vindo a reorganizar os serviços de transporte terrestre de e para o Reino Unido. “Após um janeiro muito difícil, aumentámos no mês passado os movimentos entre os dois países relativamente a período homólogo do ano passado, provando a nossa capacidade de resolver os problemas criados pelo Brexit”, acrescenta o presidente do Grupo Garland.