Um novo relatório da Metal Packaging Europe e a European Aluminium mostra que a taxa global de reciclagem das latas de bebidas de alumínio na União Europeia (incluindo ainda o Reino Unido em pré-Brexit), Suíça, Noruega e Islândia, manteve-se estável em 2019, atingindo 75,8%.

Com um consumo crescente da utilização da embalagem em lata, a quantidade total de alumínio reciclado de latas atingiu um nível recorde de 488 000 toneladas e representa uma poupança total de emissões de gases com efeito de estufa (GEE) de 4 milhões de toneladas de CO2 (o equivalente à quantidade de emissões de GEE produzidas por uma cidade europeia de 440 000 habitantes como Bratislava, Tallinn ou Murcia).

Latas

Os fabricantes ficaram satisfeitos com os dados, mas referem que, com algum esforço extra, as taxas de reciclagem podem ir ainda mais longe. Em março de 2021, as duas associações do setor lançaram o seu Roteiro conjunto para atingir 100% de reciclagem até ao ano 2030. A meta ambiciosa só pode ser alcançada se os sistemas de recolha de embalagens existentes na Europa forem melhorados ou substituídos por sistemas de devolução de depósitos para latas de bebidas e outros recipientes relevantes.  

"Com uma procura crescente de sistemas de embalagem totalmente circulares, a lata de alumínio, que é feita a partir de um material infinitamente reciclável, é a alternativa ideal para opções de embalagem menos sustentáveis", disse Léonie Knox-Peebles, CEO da Metal Packaging Europe

Maarten Labberton, Diretor de Embalagens da European Aluminium, salientou: "Embora as latas usadas também sejam recicladas para uma vasta gama de outros produtos valiosos de uso final, como bicicletas ou veículos elétricos, a solução mais eficiente é usá-las novamente para a produção de novas latas. Nenhum outro tipo de embalagens de bebidas pode atingir taxas de reciclagem tão elevadas, utilizando tão pouco material primário, resultando na circularidade do produto, bem como na redução das emissões de carbono."

Os dados indicam que, em Portugal, a taxa está situada em 46%, mostrando que ainda há espaço para progredir nas metas de reciclagem.